O verão chegou e com ele o período de chuvas, cenário ideal para a proliferação de doenças, como a dengue, chikungunya e zika, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O período é preocupante principalmente para destinos turísticos que podem viver uma epidemia. Tal situação pode afetar de forma pontual o fluxo turístico e comprometer todo um planejamento da localidade.
Sabemos que para incrementar o turismo em uma determinada região não basta construir hotéis, aeroportos, estradas e balneários, a infraestrutura turística necessita do meio ambiente preservado e sadio, com investimentos necessários para a saúde pública. Pode parecer clichê, mas a prevenção ainda é o melhor remédio.
O alastramento da dengue na região oeste paulista pode afetar o turismo as vésperas de uma das festas mais populares no país, o carnaval. Dessa forma, as consequências seriam gravíssimas para a economia local, pois a recuperação da confiança do turista quanto à segurança sanitário-epidemiológica demandaria algum tempo, coincidindo talvez com o tempo médio de um programa de erradicação do Aedes aegypti, que consiste em aproximadamente cinco anos. Portanto, há uma profunda relação de interdependência entre o ato de desenvolver um planejamento turístico para uma cidade, região, estado ou país, e o ato de desenvolver um planejamento integrado de saúde pública ambiental, como é o caso da erradicação de doenças endêmicas transmitidas por vetores existentes no meio ambiente; bem como de um programa de sensibilização junto aos munícipes.
A economia de um município se faz com uma população sadia, onde a comunidade esteja livre de enfermidades que coloquem em risco, suas vidas; o nível das atividades econômicas; e até mesmo a possibilidade de queda acentuada do fluxo turístico. Uma epidemia de dengue pode não só causar danos ao turismo de uma localidade específica, como afetar toda uma região. Portanto, o impacto econômico da dengue para um município que tem o turismo como sua vocação natural é preocupante em vários setores, principalmente para a economia de uma forma geral.
O Ministério da Saúde recentemente fez uma convocação à população para continuar de maneira permanente com a mobilização nacional pelo combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A orientação é realizar ações contínuas e não descuidar nenhum dia do ano, e assim manter todas as posturas possíveis de prevenção de focos. Por isso, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar criadouros do mosquito, sendo essa a única forma de evitarmos uma epidemia.
A principal atitude que os nativos tem que desenvolver, é se informar, se conscientizar e evitar água parada em qualquer local que ela possa se acumular, ou como diz o Dr. Lair Ribeiro: “Aquele que não tem tempo para cuidar da saúde vai ter que arrumar tempo para cuidar da doença”.
Então, que tal fazer a sua parte?
Até a próxima!