Polícia e Ministério Público investigam possível envolvimento do PCC com o Corinthians

A Polícia Civil e o Ministério Público estão conduzindo uma investigação sobre possíveis vínculos entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa de São Paulo, e o Corinthians, um dos principais clubes de futebol do país. A informação foi divulgada pelo blog de Jorge Nicola, do portal R7, e está centrada em indivíduos próximos ao presidente do clube, Augusto Melo.

A investigação ganhou notoriedade após declarações feitas por Rubão, ex-diretor de Futebol do Corinthians, em 9 de agosto. Sem apresentar provas concretas, Rubão alegou que o crime organizado estaria se infiltrando no clube e fez a declaração após depor à Polícia sobre o caso Vai de Bet.

A situação levou a patrocinadora Vai de Bet a rescindir seu contrato com o Corinthians em 7 de junho, alegando danos à imagem devido às suspeitas. O contrato, assinado em janeiro, previa um investimento total de R$ 370 milhões até o final de 2026.

Rubão afirmou: “Minha grande preocupação é o crime organizado se instalando no Corinthians. O Corinthians é um clube familiar e precisamos tomar cuidado com isso. A instituição está acima de tudo, acima de qualquer vaidade. E se o Conselho Deliberativo não tirar o Augusto, a Justiça tira.” O Conselho Deliberativo do clube se reunirá nesta segunda-feira para discutir um possível pedido de impeachment de Augusto Melo.

A VaideBet decidiu romper o contrato alegando o uso de uma empresa laranja na intermediação do acordo, o que gerou mais controvérsia e questionamentos. Em resposta, o Corinthians emitiu uma nota afirmando que “recebeu com estranheza as declarações públicas do conselheiro Rubens Gomes, que até recentemente ocupava a posição de Diretor de Futebol”. O clube anunciou que investigará se Rubão apresentou evidências concretas das acusações às autoridades competentes e tomará as providências legais e administrativas cabíveis.

Gazeta Brasil

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