O Amazonas enfrenta uma seca histórica, que deve afetar a distribuição de água e alimentos em todo o estado. Grande parte do transporte de itens essenciais é feita por meio dos rios, que já estão com níveis baixos.
O governador do estado, Wilson Lima, estima que cerca de 500 mil pessoas podem ser impactadas pela seca até outubro. Para enfrentar o problema, o governo tem se reunido com órgãos e ministros para traçar estratégias.
Na terça-feira (26), o governador viaja a Brasília para participar de uma reunião de emergência convocada pelo governo federal. O encontro também contará com a presença do governador de Rondônia, Marcos Rocha, além de deputados e senadores dos estados.
59 dos 62 municípios do Amazonas estão em algum nível de alerta pela estiagem. O Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) afirma que 13 municípios das calhas do Alto Solimões, Juruá e Médio Solimões estão em situação de emergência. Outros 16 estão em estado de alerta e 30 em atenção.
Até o momento, 13 municípios decretaram emergência ambiental. Estima-se que o Amazonas vai precisar de aproximadamente R$ 100 milhões para colocar as ações emergenciais em prática.
A Defesa Civil calcula que, até dezembro, 130 mil famílias sentirão os impactos da estiagem. Em média, o número total de pessoas chega a 520 mil, estimativa calculada pelo órgão com base nas últimas grandes secas do Amazonas.
O período de seca já afeta a navegação de rios importantes, como o Amazonas, o que pode reduzir a capacidade de transporte pelo rio em 40% em duas semanas e até 50% até outubro.
Gazeta Brasil