Afeganistão: novo balanço indica pelo menos 95 mortos em explosões

Número de feridos no duplo atentado terrorista chega a 150

Novo balanço divulgado hoje (27) em Cabul, no Afeganistão, indica que pelo menos 95 pessoas morreram e 150 ficaram feridas no duplo atentado terrorista que ocorreu nessa quinta-feira (26) no aeroporto da capital afegã. A autoria do atentado foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico. 

De acordo com o balanço anterior, o número de mortos era de pelo menos 60 e o de feridos, 140, a maioria afegãos que tentavam embarcar em voos dos países aliados, que também sofreram baixas.

Washington atribuiu os atentados ao ramo afegão do grupo extremista Estado Islâmico e disse que um homem-bomba explodiu dispositivo num dos acessos do aeroporto de Cabul, denominado Abbey Gate. Pouco depois, um segundo ativou um engenho explosivo perto do Hotel Baron, nas imediações do aeródromo.

Na sequência dos dois atentados suicidas, combatentes do Estado Islâmico, que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs, abriram fogo contra civis e militares na área.

Posteriormente, em comunicado divulgado pela agência de propaganda Amaq, o Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês) afirmou que um dos seus combatentes passou “todas as fortificações de segurança” e colocou-se a menos de “cinco metros de militares norte-americanos”, tendo então detonado o cinto de explosivos.

O comunicado só mencionou um homem-bomba e apenas um explosivo.

Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim à presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na Otan.

Agência Brasil

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