Banco Central: ‘Prévia do PIB’ indica crescimento de 0,57% no 2º trimestr

Nesta segunda-feira (15), o Banco Central (BC) informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma “prévia” do resultado do PIB, indica que a economia registrou expansão de 0,57% no segundo trimestre deste ano.

O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os três primeiros meses de 2022.

Os números oficiais do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia, serão divulgados pelo IBGE somente em 1º de setembro.

Os dados do IBC-Br mostram desaceleração da economia brasileira, algo já esperado diante do aumento da inflação, que ficou acima de 10% ao ano em 12 meses até julho (apesar da deflação no último mês) e da alta no juro básico da economia — que está no maior patamar em seis anos.

A taxa de crescimento, segundo o BC, caiu pela metade em relação ao desempenho do primeiro trimestre deste ano, quando foi registrada uma expansão de 1,11% (dado revisado).

  • Impulsionado pelo setor de serviços, o PIB registrou crescimento de 1% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o IBGE. Esse foi o 3º resultado positivo seguido, depois do recuo registrado no segundo trimestre de 2021.
  • Após o tombo registrado em 2020, por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, o PIB registrou forte crescimento de 4,6% no ano passado. Para este ano, economistas do mercado financeiro projetam uma expansão de cerca de 2%.

Segundo o BC, em junho deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma expansão de 0,69%.

Com isso, foi interrompida uma sequência de dois meses de queda.

No acumulado do primeiro semestre deste ano, ainda de acordo com o Banco Central, o nível de atividade da economia brasileira registrou expansão de 2,24% (sem ajuste sazonal).

De acordo com o Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 2,18% em 12 meses até junho. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.

Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.

O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa está 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos.

Gazeta Brasil

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