Donald Trump vence primárias republicanas em Michigan e mantém liderança

O ex-presidente Donald Trump conquistou uma nova vitória nas primárias do Partido Republicano no estado de Michigan, superando a ex-embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley.

As projeções dos meios de comunicação americanos, como CNN e NBC, confirmam que Trump atendeu às expectativas, consolidando ainda mais sua posição enquanto se aproxima de uma das datas cruciais da corrida presidencial: a “superterça”, marcada para 5 de março.

Apesar desse revés, Nikki Haley afirmou em entrevista à CNN, minutos após o fechamento das urnas, que não desistirá da corrida e participará “absolutamente” da “superterça”, sentindo-se responsável por “salvar o país”.

A contagem oficial, com 10% dos votos apurados, mostra Trump com 64,6% dos votos e Haley com 31,2%.

Em termos numéricos, essas primárias em Michigan têm pouca representatividade. Dado que a data das eleições primárias do estado viola as regras do Partido Republicano, apenas 16 dos 55 delegados serão atribuídos com base nos resultados desta terça-feira, enquanto os restantes serão determinados na convenção estadual do partido em 2 de março.

A ex-governadora da Carolina do Sul é a única adversária que resta a Trump nas primárias e, com a derrota desta terça-feira, sofreu mais um revés após perder as primárias em seu estado no último sábado.

A candidata republicana então obteve 40% dos votos, uma cifra respeitável que lhe permitiu justificar sua permanência nas primárias republicanas.

No entanto, suas chances parecem escassas para a “superterça”, quando quinze estados, incluindo Texas e Califórnia, participarão das votações.

As seções eleitorais de Michigan abriram às 07:00 hora local (12:00 GMT) e fecharam às 20:00 horas (01:00 GMT de quarta-feira) para realizar as primárias tanto para os Republicanos quanto para os Democratas.

Com mais de um milhão de pessoas já tendo enviado seus votos pelo correio ou em votações antecipadas, segundo a secretária de Estado de Michigan, Jocelyn Benson, os resultados finais estão pendentes, mas Trump atualmente conta com 110 delegados dos 1.215 necessários para ser oficialmente designado como o candidato republicano na Convenção Nacional Republicana de Milwaukee, programada de 15 a 18 de julho.

Apesar das causas legais pendentes, que incluem quatro processos criminais, Trump parece inabalável enquanto seus seguidores republicanos continuam a apoiá-lo. Tudo indica que, se essa tendência persistir, ele enfrentará o presidente Joe Biden nas urnas em 5 de novembro como o candidato republicano provável.

Visita à fronteira com o México

Enquanto isso, tanto Joe Biden quanto Donald Trump visitarão a fronteira com o México na próxima quinta-feira em uma pré-campanha na qual a imigração voltará a ser um dos temas principais.

Biden viajará para Brownsville, no Texas, enquanto continua pressionando o Congresso a tomar medidas diante da entrada de imigrantes indocumentados e até especula sobre uma possível intervenção por decreto presidencial.

O presidente se reunirá com membros da Patrulha de Fronteira e líderes locais. Além disso, ele apelará aos congressistas republicanos para apoiar o acordo bipartidário que já está em tramitação no Senado, segundo fontes da Casa Branca citadas pelo portal The Hill.

Trump também viajará para a fronteira após criticar Biden por sua “tentativa falsa e desesperada de perseguir o presidente Trump até a fronteira”, segundo uma porta-voz da campanha republicana, Karoline Leavitt.

“Os americanos sabem que Biden é o único responsável pela pior crise de imigração da história. A Crise dos Crimes Migratórios de Biden afeta todas as comunidades de nosso país”, indicou.

Trump prometeu repetidamente uma deportação em massa de imigrantes indocumentados se ganhar as eleições. Enquanto isso, Biden se esforça para lembrar que lançou a proposta sobre imigração durante seu primeiro dia no cargo e critica os republicanos por motivos de estratégia política para sua posição de rejeição.

(Com informações da EFE e AFP)

 

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