Organização Mundial da Saúde fará reunião para avaliar nova variante B.1.1.529

Encontro de cientistas do órgão, marcado para esta sexta (26, tem como objetivo determinar se a variante identificada em Botsuana é de “preocupação” ou de “interesse”

Reuters

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião de especialistas em Genebra ao meio-dia do horário local (08h no horário de Brasília) nesta sexta-feira (26) para avaliar a nova variante da Covid-19, a B.1.1.529, em meio à crescente preocupação, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.

“A OMS está convocando uma reunião para entender melhor o cronograma dos estudos em andamento e determinar se essa variante deve ser designada como variante de interesse ou variante de preocupação”, disse ele.

Quase 100 sequências da variante foram relatadas, e análises iniciais mostram que ela tem “um grande número de mutações” que requerem estudos adicionais, disse Lindmeier.

Segundo a nomenclatura utilizada pela OMS, uma variante “de preocupação” é assim classificada quando cientistas apontam que ela tem um dos seguintes pontos: aumento da transmissibilidade, aumento da virulência ou/e diminuição do efeito das terapias e medidas conhecidas contra a Covid-19, como a vacinação.

Já uma variante de “interesse” precisa ter sido identificada como causadora de transmissão comunitária e de um grande número de casos em um país ou região.

A OMS não comentou por enquanto as restrições de viagens impostas por algumas autoridades aos países da África Austral ligados à variante, acrescentou.

Países começam a impor restrições

Países europeus, como a Itália, a República Tcheca, o Reino Unido e a Holanda já impuseram restrições a voos provenientes de países da África Austral devido preocupações com a nova variante.

A medida deve tomar maiores proporções nas próximas semanas. Isso porque a comissão da União Europeia também pretende propor a interrupção de viagens da região da África Austral em meio à crescente preocupação sobre a variante detectada na África do Sul, disse a chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, nesta sexta-feira.

As decisões do Conselho Europeu, que representa os Estados-Membros, não têm de ser tomadas pelos ministros, mas também podem ser assinadas pelos embaixadores do país em Bruxelas.

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