Diabéticos estão com dificuldades para conseguir insulina no SUS

Insulina de ação rápida: esse medicamento vital para portadores de diabetes já começa faltar nas farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS). Em março o Tribunal de Contas da União (TCU) já havia alertado para o alto risco de desabastecimento desse insumo, a partir de maio, na rede pública de saúde.

De acordo com a reportagem do jornal O Globo, estoque é limitado nos estados de São Paulo, Rondônia. As secretarias de saúde dos estados disseram ao jornal carioca que as farmácias públicas de medicamentos estão abastecidas com estoque de insulina de ação rápida suficiente para, respectivamente, 45 e 60 dias. Ceará, Acre e Goiás, por sua vez, dizem ter normalizado o fornecimento.

Nos dois últimos pregões regulares abertos pela pasta, em agosto de 2022 e em janeiro de 2023, o Ministério da Saúde não houve propostas. Em nota publicada no início de abril, a pasta disse que o estoque de insulina rápida acabaria a partir de maio.

Para evitar um desabastecimento nacional, a solução encontrada pelo governo foi abrir uma compra emergencial, quando até mesmo produtos de laboratórios estrangeiros sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) podem ser adquiridos. E foi exatamente o que aconteceu. No último dia 20, o ministério fechou acordo para adquirir 1,3 milhão de tubetes de insulina da chinesa Globalx Technology Limited.

Segundo o governo, a expectativa, a partir do diálogo constante com as Secretarias Estaduais de Saúde e monitoramento intenso por parte do Ministério em parceria com o CONASS, é que seja possível manter o abastecimento igualitário na rede SUS até o início de junho a partir do remanejamento entre os entes federados. Além disso, o Ministério da Saúde vem ressarcindo os estados que possuem pauta vigente para aquisição direta do fármaco.

Por fim, cabe informar que as insulinas regulares mais consumidas estão em estoque adequada e o caso da insulina análoga de ação rápida está sendo tratado com máxima prioridade junto aos fornecedores nacionais e internacionais para garantir o atendimento da população.

Atualmente, o Brasil tem 16,8 milhões de diabéticos adultos de 20 a 79 anos, ficando atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) , a estimativa é de que, até 2030, a condição comprometa a saúde de 21,5 milhões de pessoas.

Gazeta Brasil

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