A propriedade do parlamentar do União Brasil também tem uma pista de pouso para um avião particular e um heliporto
Ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho (União Brasil) usou R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda, em Vitorino Freire (MA). A informação é do jornal O Estadão.
A propriedade do parlamentar do União Brasil também tem uma pista de pouso para um avião particular e um heliporto. Ele indicou a verba em 2020, quando era deputado federal.
Segundo o jornal, a obra de Juscelino tem 19 km e corta propriedades de, no mínimo, 8 pessoas ligadas ao ministro.
A empresa responsável pela obra foi a Construservice, em fevereiro de 2022. Os serviços foram contratados pela irmã do ministro de Lula, Luanna Rezende, prefeita de Vitorino Freire.
A Construservice disputou a licitação sozinha e o dono da empresa, Eduardo Imperador, é amigo de longa da família.
Imperador é suspeito de pagar propina a servidores federais para obter obras da cidade, 5 meses após a assinatura do contrato para a pavimentação do local.
Um engenheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que assinou a autorização do valor orçado para a obra perto da Fazenda, foi afastado, sob suspeita de receber R$ 250 mil em propina de Imperador.
Ao todo, o orçamento da obra ficou em R$ 7,5 milhões. R$ 5 milhões foram encaminhados para o trecho de 19km em frente às propriedades do ministro de Lula e de seus familiares, e o restante destinado a 11 ruas da cidade.
A assessoria do ministro disse em nota que considerar que a obra é um benefício apenas para Juscelino e familiares é “no mínimo leviano”, “uma vez que a estrada liga os povoados de Estirão e Jatobá”.
“É natural e previsível que, na qualidade de parlamentar, Juscelino Filho tenha o compromisso de levar recursos para a região, sua base política”, afirmou.
O ministro das Comunicações afirma que as propriedades rurais da família “são frutos de investimentos realizados ao longo de décadas” e passam “de pai para filhos”.
Gazeta Brasil
