Padre de Goiás desviava recursos para comprar fazendas e gado, diz MP

Crimes apurados, até o momento, são os de organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal. Valores chegariam a R$ 2 bilhões

O Ministério Público de Goiás informou que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 21, a Operação Vendilhões, que apura irregularidades relacionadas à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

A Afipe, criada em 2004, é uma associação sem fins lucrativos que levanta recursos para projetos pastorais do Santuário do Divino Pai Eterno. As doações recebidas são voltadas para a evangelização por meio da TV e para obras sociais.

Segundo informações do MPGO, a operação mira diretores da Afipe. A investigação do Gaeco originou-se com o encaminhamento, pelo Poder Judiciário, de cópia de inquérito policial, em que o presidente da Associação, após ser vítima de extorsão, utilizou-se indevidamente recursos provenientes das contas das associações que preside.

Os crimes apurados, até o momento, são os de organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na sede das Associações, empresas e residências em Goiânia e Trindade e também expedidos pelo Juízo da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, em decisão da Juíza de Direito Placidina Pires.

Participam da operação 20 promotores de Justiça, 52 servidores do MP-GO, 4 delegados, 8 agentes da Polícia Civil e 61 policiais militares.

Jornal Opção

 

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